Socioemociograma

É a consciencialização dos sentimentos, necessidades e preocupações dos outros e, inclusivamente, a compreensão das situações físicas e psíquicas que o outro atravessa sem que chegue a verbalizá-lo. A capacidade de responder adequadamente aos outros através da compreensão profunda do seu mundo emocional e cognitivo, sem deixar de distinguir entre o “eu” próprio e o “eu” dos outros.

O constructo foi proposto inicialmente por Wolpe (1958) e posteriormente por Alberti e Emmons (1970), que o entendem como: o comportamento que promove a igualdade nas relações humanas, permitindo-nos agir em defesa dos nossos próprios interesses, defendendo-nos sem ansiedade injustificada, expressando sincera e agradavelmente os nossos sentimentos e colocando em prática os nossos direitos pessoais, respeitando os direitos dos outros.

O conflito é inerente à natureza e ocorre em todas as áreas do seu desenvolvimento. Se, quando surge um conflito, sabemos como direcioná-lo e analisar o que o provoca, estamos num momento de desenvolvimento pessoal. Agora, quando o conflito surge, que resposta damos? Essa subescala refere-se à «passagem de um estado emocional doloroso, produzido por desejos ou interesses opostos e contraditórios, para um estado de bem-estar e tranquilidade por parte de todos os envolvidos na situação de conflito.» (Repetto, 2007)

Habilidade para gerir apropriadamente as emoções das pessoas que nos rodeiam (Salovey, 2005). Constata-se que tentamos mudar o estado emocional das pessoas que nos rodeiam, no sentido de que se sintam melhor (face a uma perda, um desgosto) ou pior, fazendo com que se sintam culpadas, por exemplo (Rimé, 2012). Em suma, consiste em não nos deixarmos levar pelos primeiros impulsos emocionais, porque temos consciência das consequências pessoais e sociais de seguir os impulsos.

Implica o aproveitamento do talento coletivo, produzido por cada pessoa na sua interação com os outros.

O desenvolvimento do trabalho em equipa é um processo em espiral, cuja eficácia depende da medida em que o grupo também contribui para o desenvolvimento pessoal dos seus membros.

O conceito de coesão descreve os processos que contribuem para que os membros de um grupo permaneçam juntos. Existe coesão quando o sistema de inter-relações que funciona entre os seus membros os mantém satisfatoriamente ligados ao grupo.

Um membro do grupo, ou uma minoria, pode exercer uma grande influência sobre o grupo. Umas vezes, a influência pode ser criativa e construtiva, outras vezes, a influência pode dever-se ao medo, à submissão, etc. Nos resultados dos questionários, podemos ver quem exerce influência no grupo sem determinar a sua etiologia.

O membro rejeitado de um grupo sofre as consequências da rejeição, o que pode estar a afetar negativamente a sua autoestima, confiança e motivação para aprender em grupo e para obter um bom rendimento académico. Podemos observar os alunos que são diretamente rejeitados por outros.

Pode dizer-se que um aluno está “integrado” na turma quando mantém uma rede de inter-relações com o resto do grupo, gerando uma sensação de dependência deste.